Naja
Naja é um gênero de serpentes da família Elapidae (cobras) , natural do Sul da Ásia e da África. São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos.
Existem várias dessas espécies, porém citarei algumas das mais temidas desse gênero:
Naja Indiana
De todas as espécies de cobras que existem, a mais temida é a Naja-Indiana, ou Cobra Capelo, que é extremamente agressiva e perigosa. A Naja-Indiana pode medir entre 1,8 a 2,2 metros. A Naja-indiana é facilmente reconhecida por um desenho na parte de trás da cabeça. Esse desenho lembra um par de óculos e por isso essa naja, é, às vezes, chamada "naja-binóculo".
Habitando principalmente as regiões úmidas, ela se alimenta de roedores e anfíbios; às vezes come passarinhos. Macho e fêmea permanecem juntos após o acasalamento. Os ovos são postos em oco de troncos ou em ninhos abandonados de cupins. A fêmea permanece vigilante por perto, mas não incuba os ovos. Após 50 ou 60 dias, os ovos se quebram e os filhotes saem com 20 ou 30 cm, pesando mais ou menos 15 g cada.
Encontramos-la, sobretudo nos terrenos agrícolas ou florestas da Índia e do Paquistão, mas também do Sri Lanka, Bangladesh, Nepal e Butão, embora em menor quantidade. Muitos agricultores são mordidos durante o trabalho, nem sequer se apercebendo disso no momento e só se dando conta mais tarde quando já é tarde demais para aplicar o antídoto. A cobra ataca porque se sente ameaçada. Alimentam-se, sobretudo de pequenos roedores, lagartos e sapos que se encontram muito em campos de arroz e zonas cultivadas.
Depois do tubarão branco, mosquito da malária, vespa do mar e crocodilo de água salgada é a cobra naja indiana é citada como o quinto dos cinco animais mais temidos pelos surfistas.
A naja-indiana tem grande participação na mitologia da Índia. É a cobra famosa que os encantadores de serpentes exibem nas praças públicas. Na realidade, a cobra não responde ao som da flauta do encantador, porque, como todas as cobras, não possuem audição e apenas acompanham os movimentos da flauta.
O seu veneno é bastante violento, tem efeito semelhante ao do curare, substância com que os indígenas da América do Sul envenenavam as suas flechas. Esse veneno é usado na medicina. Dele se extrai uma substância que é eficiente na redução da tensão arterial.
Naja nigricollis ou naja cuspudeira
http://www.youtube.com/watch?v=2CpWfVP75T4
Naja haje (Naja do egito):
Naja egípcia (Naja haje) é uma espécie de naja nativa do norte e centro da África e da Arábia, sendo uma das maiores najas.
A naja egípcia tem entre 1,5 e 2,4 m de comprimento. As características mais reconhecíveis de uma cobra egípcia estão na sua cabeça. A cabeça é grande e achatada, com um focinho largo. Os olhos da cobra são grandes com pupilas redondas. Sua garganta pode variar de 15 a 18 centímetros. A cor é variável, mas a maioria dos exemplares são algumas tonalidades de marrom, muitas vezes com manchas mais claras ou mais escuras, e muitas vezes uma "gota" embaixo do olho. As espécies do noroeste da África (Marrocos, Saara Ocidental) são quase inteiramente pretas.
O veneno da cobra egípcia é neurotóxica, principalmente, a quantidade média de veneno normalmente atinge aos 175-200 mg em uma única mordida. Seu veneno afeta o sistema nervoso, interrompendo os sinais nervosos sejam transmitidos para os músculos e em fases posteriores parando os que foram transmitidos para o coração e os pulmões, causando a morte devido à parada cardiorrespiratória. O envenenamento provoca dor local, inchaço grave, contusões, bolhas, necrose e variável de efeitos não-específicos, que podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, tontura, desmaio ou convulsão, juntamente com moderada possível paralisia flácida grave. Ao contrário de outras cobras africanas, esta espécie não cospe veneno.
Um pouco de sua história:
A naja egípcia era representada na mitologia egípcia pela deusa (com cabeça de cobra) Meretseger. Uma naja egípcia - sob a forma de o uraeus representando a deusa Uadjit - era o símbolo de soberania para os faraós, que a incorporou no seu diadema. Esta iconografia foi continuada durante o período helenístico no Egito (305 aC-30 aC).
As maiorias das fontes antigas diz que a Cleópatra e seus dois assistentes cometeram suicídio por ter sido mordido por uma víbora, que se traduz em inglês como "asp". A cobra teria sido contrabandeada para o seu quarto em uma cesta de figos. Plutarco escreveu que ela realizou experimentos em prisioneiros condenados e encontrou veneno mais indolor de todos os venenos mortais. Esta víbora provavelmente seja a naja egípcia. No entanto, as contas do seu aparente suicídio, têm sido questionadas, desde a morte deste veneno da cobra é relativamente lento, e a serpente é grande, por isso seria difícil de esconder.
http://www.youtube.com/watch?v=9vAQ1XyFfP8&feature=related
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Naja
http://www.surftotal.com/pt/index.php?option=com_k2&view=item&id=562:a-temida-naja-indiana&Itemid=19
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/classe-reptilia/naja-indiana.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Naja_haje
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